Strong Soul (Novel Nacional) - Capítulo 27— Caído em perdição

Held estava um pouco surpreso com aquilo, ele ficou ouvindo o seu oponente cantarolar aquela música, fazendo uma análise daquilo e tentando entender o motivo de ele cantar aquilo
— (Qual o motivo de ele cantar isso do absoluto nada?…)
Held pensou isso enquanto foi analisando o corpo de Lume enquanto ele se levanta, notando uma certa cicatriz em uma região bem próxima da cintura do serial killer, essa marca deixou o militar bastante surpreso e um pouco apreensivo e chocado, como se algo voltasse na sua mente quando ele vê essa cicatriz
— (Será que… é o que eu estou pensando?)
Esse tempo para pensar não durou muito, já que o serial killer Lume finalmente terminou de se levantar, mesmo tendo um pouco de dificuldades para se manter de pé e se manter equilibrado, mas ao final de tudo ele finalmente conseguiu
— Uau, devo admitir que você me deu um golpe que me atingiu em cheio… Vou ter que tomar cuidado para que isso não aconteça de novo!
Lume disse isso enquanto ajusta as suas roupas, para não perder seu estilo e elegância durante aquela batalha, seguindo o seu pensamento de “ninguém gosta de fazer coisas importantes, estando desarrumado e sujo de poeira.” Após ele fazer isso, ele apenas soltou uma grande gargalhada bizarra e começando a falar
— Isso é como um show de música, senhor Held!
A atenção do militar apenas se prendeu a esta fala, em principal por ser uma analogia bastante específica e curiosa feita pelo assassino
— Como assim, onde quer chegar?
Lume então estalou seus dedos de forma suave e bastante calma em frente a seu oponente, prestes a falar algo, movendo suas mãos como um maestro em um show
— Você ainda não entendeu? Isso é como um show de música, tivemos a abertura e início do show, já chegamos na metade do show e agora…
Lume deu um brusco giro em direção a luz de um poste, que se encontra a pelo menos oito metros dele, quando ele chegou embaixo da luz ele apenas abriu seus braços e parou seus movimentos de “maestro”, criando um grande sorriso em seu rosto e falando de forma inspirada e animada
— Agora chegamos a parte final do show, a última música do nosso belo show!
Held ficou bastante apreensivo com a fala do seu oponente, tomando uma pose até mesmo defensiva, segurando a sua clava um pouco a frente do seu corpo e ficou olhando os movimentos de seu oponente
— (Que papo de maluco, isso chegou a me deixar assustado, só falta ele me falar que pizza de abacaxi é boa!)
Held pensou aquilo consigo mesmo, ao mesmo tempo em que Lume movimentou suas mãos para dentro da sua capa escura, parecia um movimento para puxar alguma arma ali de dentro. Held então usou de novo o dia da missão que o permitia usar o ar, lançando assim uma raja que impediu o serial killer de puxar aquela arma, além de fazer o mesmo se mover para mais perto de uma construção que havia ali
— Minha nossa, mas que bruto!
Lume falou aquilo de forma meio irônica para o seu oponente, tentando o provocar mais um pouco para ver se conseguia sair daquela situação encurralada. Até que um sino naquele prédio começou a tocar, revelando que o aquele prédio era na verdade uma igreja
— Este sino está tocando para você, tocando para levar sua alma ao descanso!
Held disse isso para o assassino, prestes a finalizar ele contra a parede daquele prédio, mas quando ele ia esmagar o seu oponente, Lume apenas começou a escalar aquele prédio até o topo do mesmo
— (Você não vai fugir!)
Held pensou isso e rapidamente deu um golpe com a sua clava contra a base daquela igreja, derrubando assim aquela parte com o sino e assim pondo Lume em uma queda livre. Para a infelicidade do serial killer, ele não tem como puxar nenhum dos seus equipamentos de dentro da sua capa, devido a velocidade em que ele estava caindo. Held por sua vez, se encontra ativando mais um de seus trabalhos, o trabalho do décimo primeiro dia: o deus das serras, fazendo com que a ponta da sua clava tomasse a forma de um javali. Quando Held ia atacar, Lume rapidamente pegou a bola de dentro do sino da igreja e a jogou contra o militar mirando a cabeça do mesmo
— (Essa bola não vai me ferir, ele deveria saber disso!)
O militar pensou isso enquanto colocou seu braço esquerdo na frente da sua cabeça a fim de se proteger daquele ataque, mas algo estranho e inesperado para Held aconteceu, a esfera de ouro giratória rasgou não só sua pele, como também seus músculos, carne e ossos, arrancando assim todo o seu antebraço fora. A bola quase atingiu também o rosto do capitão militar, mas isso foi evitado por ele desviar da trajetória da esfera, só sendo atingido de raspão antes da mesma atingir o solo
— (Mas….. Como?!)
O militar pensou aquilo enquanto encarou o seu membro decepado no chão, assim como o seu próprio sangue pingando no solo
— Ficou surpreso, não foi?!
Lume disse isso para o homem alto, o assassino em série conseguiu se safar de morrer pela queda da torre, se segurando na mesma até ela se chocar com o teto de uma casa e assim parar a queda da mesma. Held passou um tempo pensando sobre aquele ferimento grave que sofreu, ao mesmo tempo em que rasga parte da sua farda militar e a amarra no braço sangrando, para conseguir estancar o sangramento e não morrer pela falta do sangue, o militar conseguiu chegar a um resultado lógico na sua mente depois de pensar um pouco, algo até bem provável se levar em conta a personalidade do assassino Lume
— Você mentiu sobre o seu poder, não é mesmo?
Held falou aquilo ainda encarando o assassino da noite, a resposta obtida foi uma alta gargalhada e uma sequência de palmas, como se o militar fosse o recém vencedor de algum jogo de perguntas e respostas da televisão
— Exatamente meu caro amigo, aquilo foi mais uma mentira da minha parte! Meu poder verdadeiro é escutar os sentimentos como música, e também….
Lume falou isso enquanto pegou uma pedrinha no chão, um provável pedaço dos destroços daquela torre da igreja, a colocando entre os seus dedos e em seguida a jogando no lado de Held e a fazendo bater em um poste, atravessando o metal e concreto daquele poste de luz sem nenhuma dificuldade
— É o de dar sentimentos as coisas que eu toco!
O capitão militar foi olhando isso com uma cara séria e aparentemente irritada com aquilo, ainda analisando aquela habilidade do seu inimigo, até que Held finalmente chegou UM conclusão
— Então, você entope tudo que toca de determinação e ataca o seu oponente, não é mesmo, Lume?
Held falou isso de forma bastante neutra para o assassino, como se tivesse acabado de matar uma grande charada feita para ele. Lume por sua vez sorriu mais uma vez, mas agora sendo um sorriso bastante maligno e amedrontador em seu rosto, seguido daquela sua gargalhada maligna característica dele, uma risada como “Teimlahahahaha”
— Exatamente, a melhor parte de todas, é que qualquer coisa nas minhas mãos se torna mais perigoso do que uma bala de arma AK-47!
Lume continuou fazendo a sua pose de quem não está assustado com aquela luta, mas sim quem parecia estar em um parque de diversões, que se encontra indo apenas nos seus brinquedos favoritos, aquela luta estava o divertindo imensamente e o pondo totalmente no “céu”
— Entende o motivo de estarmos na conclusão do show, meu amigo militar Held?!
Held encarou o homem, com um olhar bastante mórbido e bem “cabisbaixo” com aquilo, apenas soltando um suspiro profundo com tudo aquilo
— Você se perdeu nisso, não é?
Essa fala do militar fez com que o serial killer parasse de rir, fazendo o mesmo ter a sua atenção presa ao militar, com ele estando bastante em choque com aquilo
— Como assim?
A pergunta do assassino da noite apenas confirmou o que o capitão Held já havia pensado, o homem cheio de músculos olhou nos olhos do seu oponente, começando a falar com bastante ódio
— Sabe, todas as pessoas desse país… Não, todas as pessoas deste maldito mundo, são: Rancorosas, mentirosas, infieis, ingratas, ignorantes, destrutivas, orgulhosas, depravadas, desleais, egoístas, hostis, ansiosas, injustas, maliciosas, rebeldes e sem esperança…
Lume podia escutar a música vinda do corpo de Held, era a música do mais puro ódio e desprezo que saia dele, a visão que se podia ter de seu corpo devido a isso, era uma visão de escuridão devido ao ódio, mas esse sentimento foi logo cessado, para se dar início a música do amor, felicidade e esperança
— Mas eu tenho uma filha e um filho, que eu quero cuidar e proteger, assim como todas essas pessoas
Quando o militar falou isso, Lume ficou surpreso e bastante perplexo com aquilo, conseguindo até mesmo ver uma luz iluminando o rosto do militar que sorria com tudo aquilo, um sorriso inocente igual ao de uma criança cheia de esperança. O rosto de Held após isso ficou até que bastante sério, além de ele se mover abrindo a sua base e pondo seu único braço atual para trás do seu corpo, ao mesmo tempo em que segura a sua clava em sua mão, ele logo a arremessou aos céus com toda a força que possuía naquele momento
— A missão dos 18 dias, o último dia: As três onças!
A clava dele no ar começou a mudar por completo, a força da determinação de Held era tão grande, que parecia que o espaço-tempo era distorcido por ela, fazendo assim um portal se abrir nos céus. Daquele grande portal saiu as patas de uma onça, em seguida do resto do corpo, revelando assim que aquele animal tinha três cabeças ligadas a um único ser vivo, as cabeças das pontas logo morderam os braços do militar, enquanto a do meio ia morder a sua cabeça. A sombra formada antes do felino fechar a boca, só permitia que Lume observasse os olhos do militar, para em seguida ver o sorriso do mesmo de novo, o animal fechou a boca e a “fusão” aconteceu. Todos os outros dias da missão também foram liberados nisso e ativados todos de uma vez só
— I-incrível
Lume falou isso enquanto a poeira da destruição subiu, para em seguida ser revelado como ficou o capitão militar depois disso tudo, agora após a ativação do último trabalho, o corpo de Held atingiu os seus três metros e quinze de altura, além de sua massa muscular ficar bem maior do que antes, além de parte do seu uniforme rasgar devido a esse crescimento repentino
— Vamos para o ato final agora, Lume!